Plus Size

 Nem todo mundo é igual. Não se tem notícias no    universo biológico que há uma cópia do outro. Nem gêmeos univitelinos que bipartiram de uma mesma célula. Então por que você tem que ser igual a uma atriz americana magérrima que  abre  mão  dos  prazeres da mesa para sustentar o ego de que sou magra e "não sou feliz" O padrão de beleza, industriado a partir do meado do  século XX,  é que instituiu a anorexia como  a forma ideal de beleza. Você não é moldada em polietileno, portanto tem suas necessidades básicas de nutrição que se diferenciam entre as pessoas. Há quem passe a água e alface e não emagrecem. O fator determinante está na genética e pouco se pode fazer para modificá-la. Sabe-se ainda criança,  se ela será uma gordinha na adolescência. Temos notado que as crianças com o corpo no formado "triângulo invertido" é a fofinha de amanhã. É o adjetivo mais odiado por homens e mulheres acima do peso ou que a genética não lhes foram benéficas. Mas não caia na tentação de se incursar pela cirurgia bariátrica, ou seja, a redução do estômago. Você apenas mudará de inferno, seu sofrimento continuará o mesmo. O paciente de tal cirurgia ficará com cara de personagem de filme de terror: pálido e todo flácido.

Plus size, lindas

Quando se tem condições financeiras apela-se para a cirurgia plástica e o apoio psicológico. Nem um, nem outro resolvem a contento. Vestida linda, despida um Frankstein, cheio de marcas e quelóides. A melhor solução é a reeducação alimentar e cirurgia apenas em casos de obesidade mórbida. O resto é a prática de exercícios aeróbicos regulares e fugir dos carboidratos e do exagero alimentar.

Os gordinhos são alvos de piadas  maldosas tanto pelo tamanho das roupas como pelo  desequilíbrio no peso. Mas piadas politicamente incorretas só interessam aos, digamos,  magros,  e aos comediantes  profissionais como Jô Soares.  

Jô Soares, comediante

Oliver Hardy, O Gordo

O cinema é pródigo em ridicularizar os gordos, como se mais da metade dos americanos não estivessem acima do peso. Mas a culpa não é da Eva bíblica e sim do McDonald's com seu I'm loving'it e suas bombas calóricas que tornam  as roupas mais apertadas.

Se nem Eva e o Mcdonald's  se entenderam  o melhor mesmo é tomar cuidado redobrado ao se vestir. O seu perfil certamente se enquadra, com algumas exceções no excesso de busto, ombros largos, quadril estreito e pernas (às vezes) finas. O que se deve fazer em tais casos? O indicado é  um balanceamento visual entre os ombros e os quadris. Para isso use, se o momento permitir, manga raglã ou cava americana, saia evasê rodada ou reta, cores escuras na parte de cima, blusas de linhas simples, calça de boca mais aberta, saias ou calças com volume na parte de baixo. As pantalonas são grandes aliadas. Deve-se tirar a atenção da parte de cima, despertando a atenção da cintura para baixo. Não cometa o pecado de usar blusas e jaquetas curtas acinturadas ou não, calças justas de boca afunilada, ombreiras, mangas de ombros caídos e mangas bufantes, saias e vestidos afunilados. Evite o branco total para não parecer figura de comercial de sabão em pó, enfermeira ou chefe de cozinha. 

Afrodite, a deusa do amor e da beleza

 E como as sugestões nunca acabam, é melhor não arriscar na reza e não usar blusas de decote canoa, frente única e tomara que caia.

Para que se estressar se nem Afrodite era perfeita? A Grécia que sempre buscou a perfeição nas artes está falida? Não há por que arrancar os cabelos em busca do corpo perfeito que a genética não determinou. É melhor buscar o "ideal de beleza" para você sem neuras. Como fazê-lo? valorizando as partes de seu corpo que a torna voluptuosa. Neste quesito você ganha. Mulher magra não é voluptuosa. Mas não se acomode. Seja vaidosa, capriche na maquiagem, e escolha a roupa certa. Suba no salto que os holofotes lhe esperam.

Vênus adormecida