Solidão é uma reação emocional de insatisfação decorrente da falta ou deficiência de relacionamentos significativos incluindo aí algum tipo de isolamento. A solidão envolve aspectos diferenciados como FALTA DE SIGNIFICADO E OBJETIVO DE VIDA que é uma elementar que produz um sentimento de alheamento da pessoa em relação aos demais seres humanos. Inexiste no caso, aproximação afetiva ou psicológica.
Já a REAÇÃO EMOCIONAL é o sentimento da falta de interação de comunicação emocional entre as demais pessoas. É o sentimento psicológico de estar sozinho. Somando a este microcosmo aparece o SENTIMENTO INDESEJÁVEL E DESAGRADÁVEL, cuja emanação precede ao sentimento de angústia, que produz um sofrimento a mais na pessoa que está se privando de interrelacionamentos significativos e duradouros.
Esta apatia em construir relacionamentos sociais e afetivos traz no seu bojo uma espécie de doença psicossomática, necessitando quase sempre, em acompanhamento especializado. Todo o ciclo de vida reclama um contato social e afetivo, já que não se pode fazer tudo sozinho. Sempre há necessidade de alguém para a orientação em um projeto que implica o aperfeiçoamento de forma continuada.
Por outro lado, há também a chamada SOLIDÃO NA TEOLOGIA BÍBLICA em que as teorias esteadas na Filosofia, Sociologia, Psicanálise ou mesmo da psicologia social são insuficientes para explicar o fenômeno da solidão. Na religião judaico-cristã é possível definir que o sentimento de solidão “é um estado psicológico com profundas implicações espirituais”.
Por mais estranho que se possa parecer, há pessoas que se sentem só, mesmo acercado de pessoas. Neste caso, é apropriada uma análise psicológica com um especialista e, conforme a indicação, múltiplas sessões de terapia. A solidão temporária pode acometer qualquer pessoa, independente de uma escala de valores. Mas é superável, dado a sua pouca duração. Aquela que poderíamos chamar de longa duração ou doentia é a que precisa ser remediada ou tratada.
Mas fatos impactantes na vida das pessoas são comuns, tais como naufrágio de um relacionamento, morte de um ente querido ou doenças familiares, o que leva ao sentimento de impotência e reclusão voluntária. E para escapar da armadilha da solidão não custa nada em ser simpático, sorridente, ter amigos e levar uma vida saudável. A pior solidão é aquela que não se vê, não se toca e fica escondida num canto qualquer do subconsciente. É a doença da alma. O escritor Rubem Braga, já morto, escreveu:“No fim todos passam e tudo passa; o fim é um grande sossego e um imenso perdão”.
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